Na preliminar, o Olaria enfrenta o Bonsucesso, mas as emoções da tarde de 3 de dezembro de 1978 só entram em campo para o Cássico dos Milhões. O vice no estadual no ano anterior é um fator a mais para motivar o clube da Gávea, disposto a dar o troco e conquistar o campeonato também com antecedência diante do time alvinegro, campeão da competição em 1977 após vencer os dois turnos.
Durante entrevista na véspera da partida, Coutinho destaca a tendência ofensiva da sua equipe citando a categoria de Carpegiani na cabeça de área, diferentemente da maioria das times, que utilizam nessa posição jogadores empenhados somente na marcação. O treinador tem uma dúvida para definir o time que começa a decisão.
O Mais Querido tem Zico e Adílio prontos para fustigar a zaga cruzmaltina, mas não tem Adão. Com estiramento muscular na coxa direita o centroavante fica de fora, o que compromete os planos do ataque rubro-negro. O garoto Cléber entra com a dura missão de substituir o artilheiro. Até então, Cláudio Adão tem 19 gols, mesma quantidade do Galinho e do concorrente Roberto Dinamite.
O cabeceio fulminante do camisa 3, sua alegria contagiante em forma de cambalhota na comemoração, o mar de abraços e o oceano de gente vibrando de vermelho e preto no maior estádio do mundo formam o cenário perfeito para fazer emergir o Deus da Raça, um dos maiores símbolos de um Esquadrão que a partir dali passa a seguir ao pé da letra, como nunca na sua história, o seu próprio lema: Vencer, Vencer, Vencer...
1.Cantarele; 2.Toninho, 3.Rondinelli, 4.Manguito e 5.Junior;
6.Carpegiani, 8.Adílio e 10.Zico;
7.Marcinho, 9.Cléber (16.Eli Carlos) e 11.Tita (15.Alberto).
Técnico:
Cláudio Coutinho
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