Palmeiras 1999 - Campeão Copa Toyota Libertadores

Arce recebe de Evair e bate firme, de dentro da área, em cobrança de falta em dois lances, é gol do Palmeiras. O 1x0 contra o Corinthians no dia 27 de fevereiro de 1999 marca a estreia na Copa Toyota Libertadores pelo Grupo 3. Da capital paulista, a equipe treinada por Luiz Felipe Scolari segue para dois jogos seguidos no Paraguai.


Em Assunção, os artistas da bola de Scolari promovem um baile vencendo o Cerro Porteño por 5x2, mas a banda toca diferente na partida seguinte e o time perde para o Olímpia por 4x2. Os três jogos seguintes acontecem em São Paulo, mais uma vez o alviverde não consegue vencer o Olímpia, ficando no 1x1 no Estádio Palestra Itália, em seguida perde para o Corinthians por 2x1 no Estádio Pacaembu.
Na última rodada, o jogo contra o Cerro Porteño é decisivo, uma nova derrota significa eliminação. Os paraguaios saem na frente, mas Júnior Baiano marca de cabeça seu quinto gol na competição, e em uma jogada de falta ensaiada Zinho toca para Arce chutar forte e virar o jogo garantindo a Sociedade Esportiva Palmeiras nas Oitavas de Final.
O adversário nas Oitavas é o Vasco da Gama. O jogo é duro no Palestra, o Palmeiras sai na frente com Oséas, tem boas chances para ampliar, mas cede o empate. A decisão vai para o Rio de Janeiro, e em uma exibição acima da média o clube verde e branco vence o alvinegro carioca por 4x2. As Quartas de Final prometem dois duelos épicos, mais uma vez contra os corintianos. O Verdão abre importante vantagem ao vencer o seu maior rival pelo placar de 2x0 jogando no Estádio do Morumbi com gols de Oséas e Rogério, mas o Timão dá o troco no jogo de volta devolvendo o marcador, também no Morumbi, com gols de Edilson e Ricardinho. O desfecho só ocorre depois dos tiros livres da marca de pênalti, 4x2 para o Porco e vaga assegurada nas Semifinais.
Para chegar à Final, o obstáculo a ser superado vem da Argentina, é o River Plate, no Estádio Monumental de Núñez. Em Buenos Aires as coisas não funcionam bem, depois de muita pressão, defesas milagrosas de Marcos, bolas na trave e expulsão de Júnior Baiano, Felipão e os seus comandados não podem se queixar da sorte ao sairem derrotados por apenas 1x0.
De volta ao Palestra Itália, com a sua torcida empolgada e confiante na virada, os brasileiros dão show diante dos argentinos, atacam sem parar, criam inúmeras chances e desequilibram, ao contrário do adversário que despediça a chance de golear jogando no Monumental. Com dois gols de Alex e um de Roque Junior o Palmeiras liquida o River com um 3x0 clássico. Agora é pensar nas Finais e no título inédito.
O Estadio Olímpico Pascual Guerrero, em Santiago de Cali, na Colômbia, é o palco do primeiro encontro com o Deportivo, no dia dia 2 de junho. O Palmeiras não consegue evitar a derrota para os colombianos, o atacante Víctor Bonilla marca aos 42 do primeiro tempo e El Verdiblanco carrega na mala a vantagem do empate para a finalíssima.
Na noite de 16 de junho de 1999 o Palestra recebe um público de 32.000 pessoas que lotam o estádio. Mais uma vez é grande a expectativa por mais uma vitória palmeirense. O atacante Evair, que substitui o lateral-direito Arce, faz o primeiro somente no segundo tempo, aos 20, cobrando pênalti, mas a vantagem logo volta para os caleños, que sem demora, aos 25, igualam com o volante Martín Zapata, também em cobrança de penalidade.
O atacante Oséas finalmente salva a pátria aos 31, escorando cruzamento do lateral-esquerdo Junior para fazer 2x1 e levar a decisão para os pênaltis. O alívio pelo gol de Oséas se transforma em angústia quando o meia Zinho perde a primeira cobrança, e essa angústia se arrasta até a cobrança de Zapata, para fora, à direita de Marcos. Com um 4X3 a favor, o alviverde imponente é, de fato, o campeão da Liberta.

Defesa:

12.Marcos, 2.Francisco Arce (paraguaio), 3.Junior Baiano, 5.Roque Junior e 6.Junior;

Meio-Campo:

16.Rogério, 8.César Sampaio, 11.Zinho e 10.Alex;

Ataque:

7.Paulo Nunes e 9.Oséas

Técnico: Luiz Felipe Scolari


Texto e Arte: Moisés Correia


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