Peñarol 1987 - Campeão Taça Libertadores da América

Com 5 títulos da Libertadores (1960-1961-1966-1982-1987), o Peñarol entra na competição continental de 2024 com o peso da sua vitoriosa história de um lado e com as limitações dos tempos atuais do outro. Terceiro maior campeão, atrás apenas dos argentinos Boca Juniors (6) e Independiente (7), o clube uruguaio está no Grupo G com Atlético Mineiro, Rosário Central da Argentina e Caracas da Venezuela. Na estreia, jogando contra o Rosário, perdeu por 1 x 0 fora de casa. Nesta quarta, 10, tenta a reabilitação enfrentando o Caracas no Estádio Campeón del Siglo, em Montevidéu.

O Título arrancado a unha em 1987 Líder do Grupo 5 ao final da Primeira Fase da Taça Libertadores de 1987, o Club Atlético Peñarol estreia com vitória de 3x2 contra o também uruguaio Progresso. Nas três partidas seguintes fora de casa, o time amarelo e preto de Montevidéu desconhece a derrota. Contra os peruanos, 1x0 no Alianza de Lima e 1x1 contra o San Agustín, e novo empate em 1x1 contra o Progresso. Depois de duas vitórias tranquilas em casa com o mesmo placar, 2x0 no Alianza e no San Agustín, a classificação em primeiro lugar é assegurada.

Na Segunda Fase a parada é contra os argentinos. Com um 3x0 no Estudiantes de La Plata na primeira rodada, jogando em casa, o Peñarol dá o primeiro passo para chegar às Finais, mas em seguida fica no 0x0 contra o River Plate. Fora do Uruguai, mais uma boa vitória contra o Estudiantes, 4x2, e mesmo com derrota de 1x0 para o River no jogo de volta, garante a vaga para a decisão, que começa no dia 21 de outubro no Estádio Olímpico Pascual Guerrero, contra o América de Cali. Primeiro jogo das Finais O desafio é extremo na Colômbia, e não demora para o América abrir 2x0 diante de 65.000 torcedores. Com gols dos paraguaios Juan Battaglia, aos 8, e Roberto Cabañas no vigésimo minuto do primeiro tempo, a partida é encerrada pelo árbitro brasileiro José Roberto Wright dando início a uma festa antecipada dos Diablos Rojos, afinal um empate no encontro seguinte, mesmo fora de seus domínios, será suficiente para consolidar o título. O segundo duelo decisivo Na capital uruguaia, a desconfiança dos aurinegros fica ainda maior quando Cabañas, a exemplo da partida disputada em Cali, abre o placar aos 19 da primeira etapa calando 60.000 expectadores no Estádio Centenário. Aos 13 do segundo tempo os donos da casa começam a reação, o atacante Diego Aguirre empata, e somente aos 41 chegam à vitória com Jorge Villar cobrando falta. Com o 2x1, de virada, levam a finalíssima para a cidade de Santiago, no Chile, e com mais uma vitória, no tempo normal ou numa possível prorrogação, garantem a taça. A finalíssima em Santiago do Chile A disputa realizada no Estádio Nacional é feroz, ao pior estilo da Libertadores, e chega ao fim dos 90 minutos no zero a zero. Agora restam aos carboneros apenas 30 minutos para a glória ou o fracasso. Um gol basta, mas o placar permanece intacto, o que interesssa ao adversário colombiano, e falta apenas um minuto para esse resultado se confirmar. Até que em um ataque pela esquerda, na base da raça, aos 29 minutos do tempo extra, Diego Aguirre recebe de Villar na entrada da área, se livra de um zagueiro e chuta cruzado sem nenhuma chance para o goleiro Falcione. Era só o que faltava, o impossível, para jogadores e torcida soltarem o grito cheio de emoção de campeão.

Defesa:

1.Eduardo Pereira =C=, 4.José Herrera, 17.Marcelo Rotti, 3.Obdulio Trasante e 6.Alfonso Domínguez;

Meio-Campo:

15.Ricardo Viera, 5.José Perdomo e 10.Eduardo da Silva;

Ataque:

16.José Cabrera, 9.Diego Aguirre e 7.Daniel Vidal.

Técnico: Óscar Tabárez

Formação da finalíisma contra o América de Cali realizada no dia 31 de outubro de 1987, no Estádio Nacional de Santiago, no Chile.

Texto e Arte: Moisés Correia

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