Uma sequência de 5 jogos sem vitória no meio do campeonato, iniciada na goleada sofrida diante do São Paulo (1x4) e seguida de 4 empates não deixa de provocar incômodo, mas aos poucos as vitórias ressurgem. Até chegar à final são poucos os tropeços e finalmente o técnico Castilho coloca o time nos trilhos.
Com melhor campanha depois da última rodada de classificação, um ponto a mais que o Corinthians, o Peixe vai para a finalíssima contra o Timão precisando apenas de um empate para ficar ficar com o Estadual. Agora, a missão de impedir o tricampeonato do time de Parque São Jorge fica menos complicada.
A decisão acontece no dia 2 de dezembro, no Estádio do Morumbi, com um público de 111.345 pessoas. O jogo é truncado, com muitas faltas, mas a categoria em alguns momentos encontra seu espaço, como no início do lance decisivo, quando o meia Humberto dá passe de trivela e em profundidade para Zé Sérgio.
O ponta-esqueda parte para cima com as costumeiras velocidade e habilidade, ele envolve o zagueiro Juninho até devolver para Humberto, o camisa 10 santista faz cruzamento rasteiro da linha de fundo, a bola viaja e praticamente bate nos pés de Serginho antes de se encontrar com a rede.
Mais um gol do centroavante santista, que se iguala a Chiquinho, do Botafogo de Ribeirão Preto, com 16. Um gol apenas, mas suficiente para alcançar a artilharia e muito mais que isso, para alcançar o título. Detalhe: Serginho entra em campo carregando a bola como quem diz "agora quem dá bola é o Santos".
Com defesa consistente e eficiência no ataque, após 38 jogos o Santos vence 22 vezes, empata 13 e perde apenas 3.
São 54 gols marcados e 19 sofridos.
1.Rodolfo Rodríguez (uruguaio) ; 4.Chiquinho, 2.Márcio Rossini, 6.Toninho Carlos e 3.Gilberto;
5.Dema, 7.Lino, 10.Humberto e 8.Paulo Isidoro;
9.Serginho e 11.Zé Sérgio
Técnico:
Castilho
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